É POSSÍVEL TER UMA RESDÊNCIA MAIS AMIGA DO MEIO AMBIENTE GASTANDO POUCO. APRENDA COMO.
Testo de Thalita Fleuri
Reciclar o lixo, escovar os dentes com a torneira fechada e apagar a luz ao deixar um cômodo são pequenos hábitos sustentáveis que já fazem (ou ao menos deveriam fazer) parte da rotina de muitos brasileiros. Mas serão essas atitudes suficientes diante da realidade das mudanças climáticas? Para enfrentar um dos maiores desafios da humanidade para os próximos tempos é preciso ir além. E ter uma casa mais verde deve ser uma das prioridades para quem tem consciência da que precisamos, e logo, transformar nosso estilo de vida.
"A casa ecológica, além de beneficiar o meio ambiente, garante o bem estar de seu morador - faz bem para a saúde, para o bolso e para o planeta" , afirma a arquiteta Juliana Boer, que atua com projetos sustentáveis na Cria Arquitetura. Segundo ela, um dos princípios básicos para ter uma residência ambientalmente correta é avaliar o impacto sobre o meio em toda e qualquer decisão, buscando diminuir os danos causados.
Nos ultimos anos, questões relacionadas à sustentabilidade vem ganhando cada vez mais importância para a sociedade.
"Consumidores têm se tornado mais conscientes e são a principal força que impulciona as empresas a se interessarem por este diferencial", explica a arquiteta Moema Wertheimer. Pessoas que pertencem às classes média e alta hoje pesquisam, comparam e optam por produtos mais ecológicos para seus lares.
O aumento do interesse dos brasileiros em constrções sustentáveis pode ser medido pelo crescimento no número de selos LEED ( Leadership in Energy and Environmental Desingn), um sistema de certificação ambiental de edificações, " O número de empreendimentos em busca dessa certificação cresceu 140% em relação a 2010. Com isso, o Brasil entrou para o quarto lugar no ranking mundial de empreendimentos sustentáveis, atrás dos Estados Unidos, Emirados Arabes Unidos e China" , conta Marcos Casado, gerente técnico do Green Building Council Brasil, organização que confere o selo.
Esse número poderia ser ainda maior, não fosse ideia de que o valor gasto com a adoção de alternativas mais verdes é extremamente alto. Os arquitetos provam o contrário. Para Juliana Boer, " a adoção de soluções ambientalmente sustentáveis não acarreta em um aumento de preço e pode até reduzir custos". Ao buscar uma casa mais sustentável, precisamos nos lembrar de que o retorno desse investimento virá no longo prazo. "Ainda que o preço de implementação de alguns sistemas gere um custo cerca de 5% maior do que em um projeto convencional, representará no futuro uma economia de 30% em recursos", destaca Boer.
Ne prática, um espaço sustentável é aquele pensado para gastar o mínimo possível de energia e recursos naturais. E para ter um ambiente assim não é preciso promover mudanças mirabolantes pequenas atitudes já podem fazer grande diferença. Use a chamada " Política dos três R's": repense, reutilize, recicle.
"Aposte na criatividade, tenha visão holística e procure uma nova utilidade para tudo que vê em sua casa. Você pode encontrar soluções extremamente inovadoras e interessantes", é o conselho da arquiteta Moema Wertheimer.
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